domingo, 29 de junho de 2008

Vasco dá um passo à frente e o futebol agradece


Apesar de torcer para o Flamengo, não sou daqueles que quer ver os adversários afundados. Longe de mim torcer por algum deles (até porque todos se unem para torcer contra o Flamengo), mas não desejo a nenhum o que aconteceu aos outrora grandes América e Bangu. Reconheço que vibrei com o tri-rebaixamento do Fluminense, assim como o do Botafogo, Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras, Corinthians... Mas eram sempre vergonhas momentâneas (apesar de ficarem gravadas para sempre nos corações dos torcedores) e que em pouco tempo todos estariam dando a volta por cima, de volta à elite (tudo bem, nem todos, alguns precisaram de uma ajuda extra pra voltar, mas deixemos isso pra outra hora).


O Vasco não passou por esta vergonha. Pelo menos, até hoje. Pois pelo navegar que vinha a caravela, era o destino mais do que provável. O time cruz-maltino é, dentre os grandes brasileiros, aquele que está há mais tempo sem comemorar um mísero título estadual. Já são cinco anos desde a vitória sobre o Fluminense, na final de 2003, com um gol do Souza (ele mesmo, atacante do Flamengo atualmente). Desde a Taça Rio de 2004, nem sequer um turno de estadual é comemorado em São Januário.

Mas neste final de semana o Vasco começa a tentar reescrever o seu futuro. A eleição do Roberto Dinamite, maior ídolo do clube na história recente e maior artilheiro da história vascaína, como Presidente do clube dá à segunda maior torcida do Rio a esperança de dias melhores. Eu nem acho que o Roberto seja a solução pro Vasco. Não gostei de atuações dele como vereador e deputado estadual, nunca fez nada que merecesse crédito. Mas o simples fato de dissociar o nome do clube ao do ex-deputado (e agora ex-dirigente) já é um benefício imenso.

O que a torcida e o próprio Roberto devem ficar temerosos é com o Vasco que receberão do ex-deputado. Como sempre foi dirigido aparentemente ditatorialmente, sem muita clareza ou abertura, como se fosse o Iraque do futebol brasileiro, ninguém fora da fortaleza criada pelo ex-deputado sabe qual o real estado do clube. O ex-dirigente sempre teve orgulho de dizer que o Vasco "não tem dívidas". Só nunca entendi como um time que ficou anos sem patrocínio, não é campeão há 5, vem jogando para públicos medíocres faz tempo, consegue quitar suas obrigações e não ter dívidas. Roberto vai descobrir se o ex-presidente falava a verdade.

A verdade é que ultimamente não tem tido muita graça em caçoar dos vascaínos. Qualquer um de sã consciência não tem a petulância de discutir com um Flamenguista, depois de 20 anos sem conquistar um título sobre o rival. E tenho que admitir, esta situação não é legal. Adorei comemorar os títulos de 1999, 2000 e 2001, quando o Vasco tinha um belo time (em 2000 era o melhor do Brasil, na minha opinião). O título de 2004 não teve o mesmo gosto. Tudo bem, título é título, mas ganhar daquele Vasco que se arrastava era digno de pena. Tão digno de pena que levaram 3 gols do Jean na final.

Espero que o Roberto, assim como os dirigentes subseqüentes, ajudem a tirar o Vasco do buraco em que se meteu. E que o Vasco volte a ser vice do Flamengo, mas com bons times, proporcionando grandes jogos às duas maiores torcidas do Rio de Janeiro =)

Um comentário:

Chã, Patinho & Lagarto disse...

hahahaha
Boa definição: Vasco é o Iraque do futebol.