O vencedor da corrida de 2008 foi o caracol Cara Candao (foto abaixo), de propriedade de Carlota Guibert, de 11 anos. O molusco venceu a prova depois de arrastar por 107 milímetros uma lata de 350 gramas de pimenta vermelha recheada.
No total, 55 caracóis disputaram a edição de 2008, que pagou 30 euros para a vencedora. Como prêmio pela vitória, Carlota concedeu liberdade a Cara Candao, deixando-o solto no jardim. O segundo lugar ficou com Mocoso, caracol de propriedade do garoto Alberto Hidalgo, de 5 anos, local de Tricio, que faturou 25 euros com seu atleta. Completou o pódio o molusco Corre Que Se Las Pela, de Javier Guibert, de 12 anos e primo da vencedora.
Mas depois de encerrada a prova, veio à tona o escândalo. Carlota reconheceu que, para ajudar o molusco a suportar o calor dos dias anteriores à corrida, havia lhe dado cerveja e uma bebida energética. Cara Candao então foi surpreendido no controle antidoping. Mas, por enquanto, o único revés sofrido pelo vencedor foi ter sua imagem arranhada, pois o prêmio ainda não foi retirado de Carlota.
Vamos aguardar ansiosamente pelo resultado da contraprova. Talvez seja o caso dos adversários levarem o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne, Suíça. Caso esta medida seja tomada, Carlota ainda tem grandes chances de manter o título, pois o TAS é o mesmo órgão que até hoje não puniu o atacante Dodô, ex-Fluminense, por outro caso de doping.
Esta singular corrida foi concebida há mais de duas décadas, quando um rapaz que passava as férias de verão em Tricio surpreendeu-se com a força de um caracol, que arrastava um chinelo. A partir de então, todos os anos, durante as comemorações anuais de San Bartolomé, uma edição do Rally de Caracoles é disputada.
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