
De sexta-feira, 21, até domingo, 23, acontecerá a final da Copa Davis de Tênis, entre Argentina e Espanha. O confronto será disputado na cidade argentina de Mar del Plata, em quadra de carpete em ginásio coberto, depois de a cidade brigar contra Cordoba e Tandil, preferências dos tenistas principais.
A Copa Davis é o torneio onde o tênis mais lembra o futebol. Diferente da temporada da ATP, onde cada tenista joga por si, na Davis (que é organizada pela ITF) os atletas são dispostos em times, defendendo suas seleções nacionais. E os confrontos sempre acontecem na casa de um dos times envolvidos. Deste modo, a Davis conta com presença marcante da torcida. Já tive a oportunidade de ver ao vivo alguns confrontos e o ambiente é totalmente diferente do tênis cotidiano: muita pressão da torcida, vaias no saque adversário, gritaria, vale tudo para defender o time da casa e desestabilizar o adversário. Assim, por exemplo, vencemos a Áustria, que tinha o número 1 do mundo à época, Thomas Muster.
Em 2008 chegaram à final as duas grandes escolas da atualidade. Infelizmente o povo argentino (e todos os amantes do tênis) não terão o privilégio de assistir ao tenista número 1 do mundo, o espanhol Rafael Nadal, contundido. O time espanhol chegou a Mar del Plata com David Ferrer (número 12 do ranking da ATP), Fernando Verdasco (16), Feliciano Lopez (31) e a surpresa Marcel Granollers (56). Apesar do sério desfalque, a equipe capitaneada por Emilio Sanchez acredita na conquista do terceiro título da competição.
A Argentina vai para a batalha no Estadio Islas Malvinas com os números 8 e 9 do mundo, respectivamente David Nalbandian e Juan Martín Del Potro, além de José Acasuso (48) e Agustín Calleri (60). A equipe liderada por Alberto Mancini, além da força da torcida portenha, confia na grande fase vivida por Del Potro, que disputou a Tennis Masters Cup. E o fim da temporada é o momento em que Nalbandian mais tem rendido nas últimas temporadas, é quando ele se sente mais à vontade.
Já Del Potro tem um estilo de jogo que muito me lembra Gustavo Kuerten em seus grandes momentos. Porém a estatística pesa: contra Ferrer, tem uma vitória em três partidas. Mas, como disse antes, está em uma grande fase e foi o herói da classificação argentina na semifinal, quando venceu os russos Nikolay Davydenko e Igor Andreev por 3 sets a 0.
Ver os tenistas argentinos em atividade hoje em dia (são dois top 10, quatro top 50 e nove top 100) me faz ter raiva da CBT. Os argentinos nunca tiveram um Guga, mas souberam investir no esporte e o resultado está aí. Mas isso é assunto para outro post.

Acho que chegou a hora dos hermanos, que já foram vice-campeões em duas oportunidades (1981 e 2006). E vamos aos palpites:
Sexta-feira: Del Potro faz 1 a 0 contra Verdasco. Nalbandian abre 2 a 0 contra Ferrer.
Sábado: Espanha diminui o prejuízo para 2 a 1 na dupla.
Domingo: Del Potro vira ídolo definitivo ao vencer Ferrer.
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Obs.: Originalmente este post havia sido escrito em 28 de outubro, quando obviamente ainda não sabia que Rafael Nadal não participaria do confronto. Precisei editar...
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