A competição olímpica de basquete masculino começou em alto nível, com grandes jogos e alguns resultados surpreendentes. Os EUA mostraram força e atropelaram os donos da casa (101-70). A Croácia bateu a Austrália (97-82), a Alemanha contou com o novo visual cabeça-raspada de Dirk Nowitzki e passou pela frágil Angola (81-66). Numa demonstração do puro basquete europeu, a Rússia achatou o Irã (71-49). O forte time da Lituânia bateu os atuais campeões olímpicos com uma cesta de três faltando 2 segundos para o final (79-75). E o jogo mais surpreendente (não pelo resultado em si, mas pelo placar): a Espanha enfiou 15 pontos de diferença na Grécia (81-66), na reedição da final do último Mundial.
A Espanha não ligou para o favoritismo grego, apontado como candidato a finalista por muita gente (o Arquibancada Digital inclusive). Liderados por Rudy Fernandez, ao lado dos irmãos Pau e Marc Gasol e Jose Manuel Calderón, os campeões mundiais mais uma vez bateram os vices. O resultado da uma moral imensa para os espanhóis.
Já a Argentina começou mal a defesa da medalha de ouro, ao perder para a fortíssima equipe da Lituânia. Olho no armador lituano Sarunas Jasikevicius, do Panathinaikos, que já jogou no Indiana Pacers, Golden State Warriors e Barcelona. Acumulou experiência dos basquetes americano, espanhol e grego. O resultado é um armador completo.
No último jogo do dia, os chineses lotaram o ginásio para ver sua seleção ser pisoteada pelos EUA. E ainda sairam felizes. O primeiro quarto da partida deu a impressão que o jogo seria difícil. Os chineses meteram várias bolas de longa distância, como é de costume do jogo oriental. A defesa americana estava um pouco frouxa e Kobe Bryant não tinha uma atuação como normalmente tem. Mas a partir do meio do segundo quarto, tudo mudou. Os americanos encaixaram a defesa, Kobe passou a jogar bem, LeBron James desfilava seu alto nível, Jason Kidd dava passes magistrais, Michael Redd enchia o balaio chinês de bolas de três, Dwyane Wade foi o cestinha (19 pontos), Carlos Boozer e Dwight Howard se revezavam na marcação do gigante Yao Ming. Quando tantos jogadores de altíssimo nível resolvem jogar, o resultado só podia ser um festival de enterradas (a foto do post é simbólica, com os chineses parados, de olhos arregalados, vendo LeBron implodir a redinha), ponte aéreas, belas assistências, marcação forte e uma surra no final.
Realmente o basquete masculino vai ser emocionante até o final. Acho que os EUA vão para a final, mas o adversário está totalmente aberto, entre Espanha, Grécia, Rússia, Argentina e até mesmo a Lituânia e Croácia.
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