sexta-feira, 15 de agosto de 2008

É OUROOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!


Depois de 68 anos de participações brasileiras em olimpíadas, com 10 medalhas conquistadas, Cesar Cielo levou apenas 21s30 para trazer a primeira medalha de ouro olímpica brasileira da história. Por dois centésimos o tempo de Cielo não foi suficiente para tirar o recorde mundial de Eamon Sullivan. Mas foi a segunda melhor marca de todos os tempos.

Quando uma prova de 50 metros é decidida com o público sabendo quem ganhou imediatamente, é porque o campeão foi incontestável. Normalmente em finais de grande porte de 50 metros, o vencedor não é percebido no olho, precisamos da ajuda da tecnologia para saber quem tocou primeiro na borda debaixo daquela água toda espalhada nas raias. Cesar dominou a prova desde a largada, colocou uma vantagem imensa para a distância (e o gabarito dos adversários) e bateu o recorde olímpico pela terceira vez, para não deixar dúvidas.


A comemoração do paulista de Santa Bárbara d'Oeste foi tocante. Poucas vezes na minha vida fiquei tão emocionado como hoje. Cesar chegou a Pequim confiante, dizendo que estava lá para ser campeão nos 50 metros. Fez mais, com o bronze nos 100 metros, nadando três vezes abaixo de 48s. Falou e fez.

Para o garoto de 21 anos, que abdicou de muita coisa na vida para poder treinar nos EUA, é um prêmio mais do que merecido. O técnico americano pediu inclusive que, na preparação para os Jogos Olímpicos, Cesar sequer saísse com alguma mulher, para não perder o foco. Mas como às vezes os fins justificam os meios, a medalha de ouro olímpica certamente recompensou tanto tempo na secura. Na entrevista após a prova, ainda molhado, Cesar disse que não mudaria nada do que fez para chegar ali. Aliás, agora dono de duas medalhas olímpicas e sendo o primeiro brasileiro campeão olímpico da natação brasileira, mulher é o que não vai faltar para ele.

E que este resultado histórico sirva para que as autoridades brasileiras tomem vergonha na cara e passem a dar a importância devida ao esporte. Para que um dia não seja mais preciso mandar nossos atletas treinarem no exterior, para conseguirem evoluir.

Para finalizar, peço desculpas pelo mau jeito, mas tive a natação fazendo parte da minha vida, quando treinava no Flamengo e torcia pelo Ricardo Prado, Rogério Romero, Gustavo Borges, Fernando Scherer. Hoje o Cesar conseguiu o meu sonho de infância/adolescência. As lágrimas desceram aqui, junto com as dele no alto do pódio lá do outro lado do mundo. E ainda acabei de descobrir que o Antonio, lá no Iraque, não pôde ver a prova por falta de eletricidade na cidade dele.

Véio, essa foi pra gente:

É OURO, PORRAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!

Um comentário:

Antonio disse...

Porra! Era pra cortar a eletricidade, tinham avisado... Mas aconteceu um milagre aqui e não cortaram e eu vi tudo, até a premiação!

Chorei feito criança aqui... Chorei mais que o cara, tô desidratado quase...

Lindo, lindo, lindo... Sem palavras.